O tempo havia mudado.
Em menos de duas semanas a temperatura subiu e o calor voltou a reinar.
A chuva que molhava, que causava transtornos, que inundava e afogava toda esperança, tinha ido embora de vez.
Não era preciso gritar aos quatro ventos como sentia-se bem. Não era preciso escancarar nenhum tipo de sentimento.
Por meses ela guardou aquele sofrimento como uma sentença. Sofreu sozinha. Não foi egoísmo, mas falta de opção.
Agora, passado o tormento, ela sabia que não era necessário anunciar nenhum tipo de mudança.
Mesmo porque, ela não conseguiria descrever.
Por meses ela guardou aquele sofrimento como uma sentença. Sofreu sozinha. Não foi egoísmo, mas falta de opção.
Agora, passado o tormento, ela sabia que não era necessário anunciar nenhum tipo de mudança.
Mesmo porque, ela não conseguiria descrever.
O quarto ainda estava escuro. A janela estava fechada. A porta trancada.
Ela abriu os olhos e sorriu.
Finalmente ela enxergava, finalmente estava feliz.
Quando ela percebeu que o barulho da chuva lá fora havia acabado, ela nem precisou verificar se realmente fazia sol.
E, mesmo sem olhar além daquelas paredes que a cercavam, ela sabia que um lindo dia estava a sua espera.
Se o sol não desse o ar da graça, ele nao faria falta nenhuma.
Hoje ela estava radiante.
Novamente sorriu.
Novamente sorriu.
A luz, que outra hora era buscada nos outros, precisou se acender nela mesma.
O escuro abrasador pediu licença e partiu. E já foi tarde.
Agora ela conseguia ver por onde andava.
Ana Claudia Machado
Ana Claudia Machado
3 comentários:
Eu sou seu fã e ponto final.
Excelente texto. Poucas pessoas têm o dom de dizer algo metalinguisticamente.
:)
Olá Ana, estou aqui em uma visita relâmpago, vim lhe convidar a ler o novo capítulo de “O Diário de Bronson (A Continuação de O Chamado)” e deixar o seu comentário.
Retornarei com melhores modos. Tenha uma boa semana.
Abraço do Jefhcardoso!
http://jefhcardoso.blogspot.com
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