sábado, 23 de janeiro de 2010

Desconectar


Fechei os olhos por alguns momentos. Sim, os mantive fechados. Tive medo de descobrir que tudo não passou de fantasias solitárias.
Enquanto o sonho amenizava a minha dor, era possível suportar.
Preciso admitir: chegou a hora de mudar!
Todos conseguem chegar bem perto de me machucar...
Com você é diferente.
Você ultrapassa essa barreira, me faz até pensar que não sobreviverei.
É a pior dor do mundo: aquela que não passa.
Aliás, todas as dores, quando surgem, parecem que nunca mais desaparecerão.

Da minha parte não cabe mais esforço.
Enfim eu percebi. Eu sei que não vou me acostumar nunca com a sua forma mesquinha de lidar com os sentimentos. Sei também, que ainda preciso descobrir uma maneira de me livrar desse seu silêncio pertubador, que consegue agir como um grito em mim.
Tenho medo dessa terrível sensação que toma conta do meu ser, que envolve a minha alma numa confusão sem precedentes: de querer ao mesmo tempo em que já não quero mais.



Ana Claudia Machado

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Sons

O silêncio que me acalma
é o mesmo que me consome nos dias de desespero.
O silêncio do meu vazio.
O silêncio do seu olhar.

Na confusão das palavras, seu toque silencia e, ao mesmo tempo, transforma em caos tudo o que há em mim.


Espero um dia descobrir o suave doce desse silêncio amargo.



Ana Claudia Machado

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Novo?


O "fim" me lembra morte.
O "começo" me lembra nascimento.




1º de janeiro :
Nem fim e nem começo: apenas continuação.




Ana Claudia Machado