quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Custódia

27 de janeiro de 2011

Eu não vou arrancar nenhuma página de tudo o que já foi escrito.
Não vou apagar nenhuma frase.
Não colocarei nenhuma interrogação - por mais que ainda me sobrem dúvidas.
Não quero criar nenhuma vírgula, pois considero que todas as pausas já foram dadas.
As exclamações, bem, essas serão guardadas separadamente.
Ainda não sei o que fazer com as reticências, elas sempre me dão trabalho.
Com o tempo, pode ser que algumas palavras sejam rabiscadas, mas elas permanecerão lá - para que eu lembre que elas existiram.
O ponto final será colocado somente no último suspiro.

Esse livro, pesado e velho, tem pretensões de ser restaurado.
Esse livro, pesado e velho, é a minha vida.


Ana Claudia Machado


domingo, 12 de setembro de 2010

Cativeiro



Aquela última conversa a deixaria nervosa por um mês.
E, desde quando ela ouviu a pronúncia daquelas frases numa noite gelada, sabia a preocupação que a aguardava. O frio não era exterior, mas interno. Congelava aos poucos por ter escutado aquilo. A sentença estava escrita. Foi uma leitura em voz baixa, quase tímida. Sentiu medo. Tremeu, de frio e de medo.

Ainda não havia terminado o prazo de 30 dias - se é que aquilo poderia ser chamado de prazo.
Mas, devido às consequências, ela se fez refém. Ou melhor: o mais provável é que alguém tenha feito isso por ela.

O cativeiro, assim como todos os cativeros possíveis, era o pânico em sua essência. Sua principal característica não deixava dúvidas sobre o motivo do terror: a privação da liberdade.
Cativeiros geralmente são escuros, fedorentos, inabitáveis.
Este não era diferente dos outros. Nem poderia ser. Talvez, tenha sido o pior de todos.

Suas mãos foram atadas. Sua boca amordaçada. Seus pés foram amarrados. Deitada naquele chão sujo, ela conseguia se mexer de maneira lenta e, ao mesmo tempo, desesperada. Os olhos não foram vendados, mas isso não significa que foram poupados. Mesmo sem vendas, ela não conseguia enxergar. A escuridão se misturava ao pavor que ela sentia.

Ela sabia que não estava no melhor lugar do mundo, mas temia descobrir ainda mais os segredos daquele lugar com cheiro de mofo. Tudo lá era abafado, assim como todos os sentimentos que tentavam escapar daquele coração, tantas vezes reprimido pelo choro que não saía.

Uma goteira insistente fazia questão de não deixar o lugar em silêncio. Contudo, aquilo lhe fazia companhia. Era uma forma de saber que ainda estava viva. A goteira era como o pulsar do seu coração. Aquela água, provavelmente suja, que batia no chão com toda força, era como o seu sangue clamando pela vida. Aquele barulho, quase estridente, a renovava a cada segundo.

"Você ainda está viva. Você ainda está viva!" - repetia para si mesma.

O problema é que quando ela tentava repetir "você vai sobreviver", a voz não saía. Mesmo porque, a mordaça a impedia. Mas, no fundo, ela sabia que mesmo se não estivesse amordaçada, não saberia responder.

Se tudo aquilo tivesse durado cinco minutos, já seria mais do que suficiente para aterrorizá-la eternamente. Mas não, aquilo já durava há 24.480 minutos. Aliás, é bom lembrar que se fosse para contar os minutos desde quando as "ameaças" começaram, eles teriam se aproximado da barreira de um ano. Faltaria pouco para completar o exorbitante número de 525.600 minutos.

Há muito tempo aquela situação era incompreensível, destruidora, insustentável.
Ela, que tanto temeu se render aos perigos que a cercava, se viu diante de um abismo. Ao invés de se afastar, se aproximou. Viu, em meio a escuridão, aquilo que hoje ela tem dificuldades em enxergar: o gosto pela aventura.

Não teve tempo para pensar. Se jogou. Sozinha. Sem medo. Sem amarras. Sem ninguém para impedi-la.
Foi como num voo. Sentiu-se livre. Aliás, uma queda livre.

Chegou ao fundo daquilo que imaginava ser o desespero eterno. Aquele buraco não tinha fim, não levava a lugar nenhum. Não trazia novidades a não ser a confirmação de que, realmente, era interminável.

A escuridão, até então desconhecida, abriu espaço para uma sensação que se tornaria parte de sua existência durante aqueles longos segundos, minutos, horas, dias, meses...quase 1 ano.



Ana Claudia Machado


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Sobreviver




Ansiedade. "Estado emocional angustiante acompanhado de alterações somáticas (cardíacas, respiratórias, etc.), e em que se preveem situações desagradáveis, reais ou não."


Sim, a definição do Dicionário Aurélio pode até dar uma breve ideia
sobre o termo "ansiedade", mas quem dera fosse "apenas" isso.


A aflição é algo visível. Os olhos vibram. A boca cala. O sorriso some. As mãos esquentam. A luz apaga. O castelo desmorona. A Terra para. O mar seca. O mundo acaba.

Não. Ansiedade não é (só) isso.

O termo descrito acima merecia ter um espaço em branco, ou quem sabe, nem constar no dicionário.

Na verdade, poderia ter um aviso: "cuidado, ansiedade pode matar!"



Ana Claudia Machado


sábado, 26 de junho de 2010

Desperdício


O caderno estava em cima da mesa, no lugar de sempre. A caneta continuava sem a tampa. Estava jogada. Usada. A tinta, aquilo que dava sentido à sua existência, estava quase chegando ao fim.

Algumas folhas amassadas viraram apenas um rascunho daquilo que poderia ter sido um belo texto. Por alguns momentos elas serviram como lenços. Sim, lenços. Testemunharam a presença de algumas gotas salgadas. Os motivos eram muitos. Por vezes eram de plena felicidade e, outras tantas, por pura falta de sorte.

A luminária estava acesa. Há muito tempo ela permanecia assim. Aquela que escrevia tinha forte dificuldade para enxergar. É certo que ela usava óculos, mas não adiantava. Por mais que usasse, continuava com a vista embaralhada. Não era só um problema físico. E ela sabia disso. Era frequente confundir coisas aparentemente inconfundíveis. A mãe chegou a lhe avisar: "Tome cuidado, menina! Você ainda pode se machucar". De fato, ela era tão desajeitada que sempre se machucava.

A poltrona vermelha, a estante na cor marfim, o tapete de crochê, a cortina lilás, as almofadas coloridas, o painel de fotos, os livros... E tantos outros detalhes compunham aquele universo. Seria quase impossível descrevê-los. Não por que faltasse palavras, mas tempo. Falar sobre aqueles objetos era tarefa fácil para ela. Ali estavam coisas que já faziam parte de sua vida há alguns bons anos. Mas não era isso que tornava a tarefa fácil. Afinal, objetos são fáceis
de descrever. É que ela julgava muito mais difícil a tarefa de descrever como ela se sentia. Aquilo sim era um martírio. Como falar sobre algo que você não sabe? E como não saber de algo que está dentro de você?

Tantas vezes ela prometeu não procurar mais respostas. Tantas vezes ela descumpriu essa promessa. Tinha sede por respostas! Mas, as perguntas, nesse caso, faziam o papel da fome. Portanto, se complementavam e nunca havia fim. Ela nunca estava satisfeita. Fome e sede, necessidade vital. Pergunta sem resposta diminuía seu tempo de vida. Era quase uma doença. Morria aos poucos.

Um silêncio desanimador tomava conta de sua mente e a fazia estremecer. Não era medo, não era frio. Era o silêncio do próprio vazio.




Ana Claudia Machado



terça-feira, 20 de abril de 2010

Clima



O tempo havia mudado.
Em menos de duas semanas a temperatura subiu e o calor voltou a reinar.
A chuva que molhava, que causava transtornos, que inundava e afogava toda esperança, tinha ido embora de vez.

Não era preciso gritar aos quatro ventos como sentia-se bem. Não era preciso escancarar nenhum tipo de sentimento.
Por meses ela guardou aquele sofrimento como uma sentença. Sofreu sozinha. Não foi egoísmo, mas falta de opção.
Agora, passado o tormento, ela sabia que não era necessário anunciar nenhum tipo de mudança.
Mesmo porque, ela não conseguiria descrever.

O quarto ainda estava escuro. A janela estava fechada. A porta trancada.
Ela abriu os olhos e sorriu.
Finalmente ela enxergava, finalmente estava feliz.
Quando ela percebeu que o barulho da chuva lá fora havia acabado, ela nem precisou verificar se realmente fazia sol.
E, mesmo sem olhar além daquelas paredes que a cercavam, ela sabia que um lindo dia estava a sua espera.
Se o sol não desse o ar da graça, ele nao faria falta nenhuma.
Hoje ela estava radiante.

Novamente sorriu.
A luz, que outra hora era buscada nos outros, precisou se acender nela mesma.
O escuro abrasador pediu licença e partiu. E já foi tarde.
Agora ela conseguia ver por onde andava.


Ana Claudia Machado

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Incoerências



Estava calor, mas ela sentia frio.

Sorria, mas estava triste.
As situações ainda não faziam sentido.
Quem dera um dia tivesse feito.
A angústia continuava, mas com outro caráter:
uma "pontinha" de esperança.
Restava a dúvida entre avançar ou desistir.


Refletiu por um longo momento.
Não fazia idéia de como tinha tomado esse rumo.
Decidiu, então, que não voltaria.
Tinha apenas algo em mente:
o desafio do próximo passo.


Ana Claudia Machado


sábado, 23 de janeiro de 2010

Desconectar


Fechei os olhos por alguns momentos. Sim, os mantive fechados. Tive medo de descobrir que tudo não passou de fantasias solitárias.
Enquanto o sonho amenizava a minha dor, era possível suportar.
Preciso admitir: chegou a hora de mudar!
Todos conseguem chegar bem perto de me machucar...
Com você é diferente.
Você ultrapassa essa barreira, me faz até pensar que não sobreviverei.
É a pior dor do mundo: aquela que não passa.
Aliás, todas as dores, quando surgem, parecem que nunca mais desaparecerão.

Da minha parte não cabe mais esforço.
Enfim eu percebi. Eu sei que não vou me acostumar nunca com a sua forma mesquinha de lidar com os sentimentos. Sei também, que ainda preciso descobrir uma maneira de me livrar desse seu silêncio pertubador, que consegue agir como um grito em mim.
Tenho medo dessa terrível sensação que toma conta do meu ser, que envolve a minha alma numa confusão sem precedentes: de querer ao mesmo tempo em que já não quero mais.



Ana Claudia Machado

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Sons

O silêncio que me acalma
é o mesmo que me consome nos dias de desespero.
O silêncio do meu vazio.
O silêncio do seu olhar.

Na confusão das palavras, seu toque silencia e, ao mesmo tempo, transforma em caos tudo o que há em mim.


Espero um dia descobrir o suave doce desse silêncio amargo.



Ana Claudia Machado

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Novo?


O "fim" me lembra morte.
O "começo" me lembra nascimento.




1º de janeiro :
Nem fim e nem começo: apenas continuação.




Ana Claudia Machado


domingo, 20 de dezembro de 2009

Avesso


É quando o mundo desaba que você percebe que está vivo.
Se você não sentir dor alguma, não será capaz de entender o valor de um simples sorriso.



Ana Claudia Machado




sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Guardado


"Qual o motivo do choro?"
Foi tudo que ela conseguiu ouvir no momento em que ainda soluçava em meio as lágrimas.
Imediatamente ela se virou e o encarou.
"Como ele podia ter coragem de dizer tais palavras?"- pensou.
Afinal, já deveria saber que o vazio que ela sentia, ele mesmo havia criado.
Momentos antes, ela sentou-se em frente ao espelho, tentou pronunciar algumas palavras, mas não houve êxito.
Sentia-se sufocada.
Não conseguia ao menos encarar o próprio rosto.
No seu coração era possível encontrar os mais profundos mistérios.
Procurou então pensar em outra coisa.
Mais uma vez não houve êxito.
Tudo o que pensava tinha algum tipo de relação com aquilo que ela pretendia evitar, mas sabia que era praticamente impossível.
Por um instante, passou as mãos sobre a cabeça.
Com esse movimento, ela achou que conseguiria espantar todos os seus tormentos.
Logo enfrentou a realidade: "não seria tão fácil", concluiu.
Aos poucos, as lágrimas eram engolidas.
Sabia que, mais cedo ou mais tarde, elas transbordariam.
Seus olhos procuravam enxergar além daquilo que via.
Ela já não era capaz de suportar tudo isso sozinha.
Mas também sabia, que não poderia contar com ninguém. Afinal de contas, a solidão já era quase uma sentença.



Ana Claudia Machado

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Inadmissível??


Ainda prefiro a verdade!
Não acredito que seja um absurdo.
Volta e meia me deparo com o
" e se não fosse mentira?"...
"e se não fosse apenas imaginação?"...
Não duvido de maneira alguma que existem coisas impossíveis.
Mas também não gosto de pensar que isso pode ser uma barreira.
Ao contrário, os desafios me fascinam.
Admito que parece mais uma brincadeira,
só que, nesse caso, a diversão é um sonho distante.


Tentei acordar e dizer: "Vamos brincar de impossível?"



Ana Claudia Machado

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Sensatez


E se eu soubesse colocar em palavras pelo menos
metade daquilo que penso, daquilo que sinto
seria um pouco, como dividir aquilo que nem eu mesma consigo carregar dentro de mim.
Se fosse fácil explicar certas situações, determinados medos e angústias, seriam mais simples algumas soluções.
Se eu conseguisse abrir os olhos e não enxergar apenas o escuro, saberia que outras cores poderiam participar do meu dia.


Se eu pudesse parar o relógio por apenas alguns minutos,
saberia que o tempo é um amigo e também um inimigo.
Se eu soubesse o que pode me acontecer amanhã,
a vida perderia totalmente o sentido.
Não teria graça nenhuma.
Ainda bem que tenho dúvidas, estou viva!



Ana Claudia Machado

domingo, 15 de novembro de 2009

Súbito




Foi um salto tão alto que, por um momento, pensou estar voando...
Sentiu o ar congelar os seus pensamentos.
Sabia que não poderia continuar.
Mas nem por isso se deixou abater....
Já era tarde demais para fingir que não gostava!
Aquele gosto de liberdade tocava a sua face como uma brisa...
Foi então que percebeu: a mudança havia sido áspera demais,
o lugar de onde partiu já não existia mais!



Ana Claudia Machado



quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Refém


O meu sorriso depende do seu
A sua presença me recria,
torno-me outra...
Me desprendo da realidade
Agarro-me a loucura!
No deserto dos sentimentos chove
Na leveza da noite um pesadelo
Sombras estranhas me guiam
Algo inusitado acontece.
A escada que sobe é a mesma que desce.
Me leva ao topo e ao mesmo tempo estremece.
Um longo olhar vem de longe e me aquece
Por um instante o relógio pára
os lábios mais quentes se deixam encontrar
Um momento de glória fica no ar
As mesmas sombras reaparecem,
te levam pra longe e não obedecem
Um novo dia surge.
Sem garantias nenhuma,
essas mãos agradecem.




Ana Claudia Machado

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Respostas


E por quantas vezes já não me fiz a mesma pergunta?
Temo já saber a resposta....
A angústia insiste em me perturbar...
Atravessa os limites do tempo....
Transborda através dos meu gestos.

Há que se entender, ao menos, que existem perguntas que ficam sem respostas,
Que nem todos os sonhos são realizados
Que nem toda semente dá frutos,
Que nem toda busca chega ao fim.


Entretanto, aquilo que hoje é 'parte',
já esteve presente num 'todo'
e, por isso, não suporta a idéia da divisão.



Ana Claudia Machado

domingo, 11 de outubro de 2009

Fases


Era como um vazio...
Quando se sentia pequena lembrava que era forte,
Quando ameaçava chorar buscava os amigos,
Tinha vezes que lamentava tremenda dor em tão pouco tempo,
Mas logo se lembrava que em meio a tanto sofrimento também havia felicidade.
É bem verdade que não havia equilíbrio entre essas duas fases...
Elas coexistiam de forma intensa e ao mesmo tempo frágil.
Bastava pouco para uma superar a outra, e quando as batalhas chegavam ao fim,
ninguém sabia ao certo se era o momento de sorrir ou de chorar...
A confusão estava sempre prestes a aparecer:
por vezes com um sorriso triste...e muitas outras com um choro contente...
Não era necessário se esconder quando sentia medo,
a constante ameaça lhe dava força.



Ana Claudia Machado


domingo, 20 de setembro de 2009

Ideais


Triste saber que estamos passando por um momento em que a juventude anda tão desmotivada.
Saber que muitos não tem metas e objetivos nos faz pensar no passado,
em que a juventude trazia no peito aquela sede por mudança.
Quantos não morreram por seus ideais?
Hoje vemos os ideais morrerem dentro de cada um....
Esquecemos do pensamento socrático "Conhece-te a ti mesmo" (poucas vezes compreendido),
Em que só podemos buscar a verdade do mundo,
quando temos a nossa própria verdade...
Apenas quando soubermos o que queremos da vida
é que poderemos saber o que ela tem a nos oferecer.


Ana Claudia Machado

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Fuga


Não teve como esconder algo que estava estampado em seu rosto.
Não conseguiu fingir por muito tempo.
Ainda não sabia se estava no caminho certo,
Por mais que as evidências fossem claras!
Tinha chances de voltar, mas preferiu continuar
Durante o percurso caiu muitas vezes, machucou-se.
Sentiu tanto frio, que não soube se conseguiria suportar.
A solidão, inimiga indesejável, esteve presente a maior parte do tempo.
Procurou por abrigo, mas não o encontrou
Teve pressa, sentiu- se sufocada, por diversas vezes perdeu o fôlego!
Mas já não adiantava correr
Por mais que se distanciasse, estaria sempre perto:
Aquilo que a fazia fugir estava nela mesma.


Ana Claudia Machado


domingo, 13 de setembro de 2009


Sim, mais um selinho!
A , minha amiga, companheira na blogosfera me presenteou novamente!
Bom, assim como o outro, devo seguir 2 regrinhas:
Primeiro: falar 5 coisas que amo fazer
Segundo: indicar 3 Blogs para esse selo!
Vamos lá!

-Amo sorrir!
-Amo literatura!
-Amo sair com os amigos!
-Amo ir pra faculdade!

-Amo dormir!

Indicados:

-Blog da Taís
-
Blog da Line
-
Blog da Ana


Obrigada à todos que sempre passam por aqui!


Ana Claudia Machado