terça-feira, 21 de outubro de 2008

A um ausente

"Tenho razão de sentir saudade,tenho razão de te acusar.Houve um pacto implícito que rompeste e sem te despedires foste embora.Detonaste o pacto.Detonaste a vida geral, a comum aquiescência de viver e explorar os rumos de obscuridade sem prazo sem consulta sem provocaçãoaté o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.Teu ponteiro enlouqueceu,
enlouquecendo nossas horas.Que poderias ter feito de mais grave do que o ato sem continuação, o ato em si,o ato que não ousamos nem sabemos ousar porque depois dele não há nada?


Tenho razão para sentir saudade de ti,de nossa convivência em falas camaradas,simples apertar de mãos, nem isso, voz modulando sílabas conhecidas e banais que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.Sim, acuso-te porque fizeste o não previsto nas leis da amizade e da natureza nem nos deixaste sequer o direito de indagar porque o fizeste, porque te foste."
(Carlos Drummond de Andrade)

E isso basta....
basta??
Basta acreditar que apenas isso me basta?
Basta acreditar que a saudade não se basta?
ou basta?
É isso que nos basta??

E a saudade persiste...
insiste e resiste!


.....





segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Considerações sobre Hipertexto

A forma como Pierre Lévy traz a abordagem sobre o hipertexto nos mostra como a influência de uma linha de pensamento extremamente fragilizada nos remete a compreender o hipertexto de forma restrita, ou seja, nessa percepção o hipertexto se restringe à "Softwares" e processos computadorizados.
Dessa forma podemos perceber que Pierre Lévy discute as temáticas sempre a partir de elementos técnicos, portanto, acaba retirando o contexto de questões bem mais complexas, que abrangem outros fatos . Se considerarmos que toda tecnologia surge como uma forma de controle, Pierre Lévy percebe o hipertexto como apenas mais uma forma de controle.Quando pensamos o hipertexto a partir dessa percepção de Pierre Lévy, podemos caracterizá-la como classificatória, pois se aproxima do pensamento Aristotélico.
O excesso de informação proposto atualmente pela mídia acaba provocando a diminuição dos significados dos fatos,ou seja, uma sociedade que esvazia a subjetividade das pessoas, por esse motivo é necessário uma tentativa de recapturar o sentido das coisas, o hipertexto emerge a partir disso, como uma maneira de "ligar", "associar", "conectar" e, dessa forma, proporcionar novamente o sentido.
Contudo, só é possível ampliar essa capacidade de dar sentido às coisas quando o homem não for mais pensado como um ser individual, e sim, como um ser que possui laços coletivos. Não dá para pensarmos a autonomia fora da coletividade.
Em uma sociedade que tem como base o sistema capitalista, onde é imposto a "cultura do eu", o individualismo é extremamente importante pois confirma uma ideologia de competição. Como pensar uma nova sociabilidade, com uma percepção coletiva, quando na verdade somos constantemente incentivados a pensarmos como seres individualistas?

domingo, 19 de outubro de 2008

O passado perde espaço para o futuro

Aproxima-se o dia de eleger os candidatos à prefeitura municipal que foram para o segundo turno.
Estamos em um momento de decisão, onde é necessário termos consciência de que estamos decidindo o futuro da cidade não só por mais quatro anos, e sim, pelo futuro da sociedade de uma maneira mais ampla.
A nossa participação nessa escolha dever ser intensa, porém, muitas vezes, nos deixa confusos, pois os debates entre os candidatos são verdadeiras trocas de críticas e " alfinetadas".
Quase não se fala em projetos que serão feitos, apontam somente obras e pouquíssimas melhorias que já foram efetuadas.
O fundamental, que é o futuro, acaba perdendo espaço para discussões supérfulas do passado.

Girando!

É tudo tão rápido...
Passa tão depressa,

nem percebemos!
Os detalhes não são mais vistos
O silêncio ganha espaço
As lembranças serão
apagadas pouco a pouco
O vazio pretende avançar
assim que o resto deixar...

Os sons ficam mudos
não existe melodia nos gestos
As luzes escurecem
não é possível enxergar na escuridão.
Os passos seguem sem destino
no caminho só existem dúvidas
...
...
...
...
Até quando?
E mais uma vez o silêncio...
Ele insiste!
Não dá respostas
Não pretende solucionar
São problemas da alma....


sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Soluções?

"Tudo tão inútil !
Tão como que doente
Tão divinamente
Fútil - ah, tão fútil
Sonho que se sente
De si próprio ausente... "
(Fernando Pessoa)

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Estranho...




Momentos diferentes....
sensações esquisitas...
soluções inusitadas...
respostas esquecidas...
fragmentos de emoções...
inquietações constantes...
questionamentos infinitos...
sentimentos revirados...
peças soltas...
mente pensativa...
angústia no olhar!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Primeira!

É sempre assim....
Tudo tem um começo...
Sempre existe algo incial...
um impulso, um desejo...
enfim, o primeiro passo!
Nada é feito sem que se deseje chegar a algum lugar...
A sensação de experimentar é um mistério,
nem sempre é possível prever o que pode acontecer...
Acreditar é essencial, porém, não é suficiente!
Aqui começa mais uma etapa, a tentativa de debater meus próprios pensamentos,
a pretensão de refletir....
o desejo de argumentar...
a tentativa de descobrir o mistério que existe nesse "jogo", que chamamos de pensamentos, um "jogo" tão complexo que pode ser traduzido em palavras....