domingo, 31 de maio de 2009

Despedaçada

Abri os olhos
O sonho havia acabado
Talvez até nem tenha existido
Foi tão irreal, tão impossível
Acabei perdendo a noção de quantas vezes implorei para acordar
A liberdade perdeu a sua força



A flor já não tem mais o mesmo brilho
Não exala o mesmo perfume
Não é dada como um presente
Foi pisada, despedaçada, excluída
Já não há mais importância
A realeza da qual ela fez parte um dia
Tornou-se um cantinho num quarto escuro
Aquela flor
A sua flor
Tão bela, tão delicada
Já não recebe água
Aos poucos perde a vida
Mas, ela é só uma flor
Nasce, cresce, recebe sorrisos, perde a relevância e vira brincadeira de "bem-me-quer" e "mal-me-quer".



Ana Claudia Machado

1 comentários:

Silmar Prado Machado disse...

esse está simplesmente FODA!